A atriz Adriana Esteves não escondeu a emoção de receber um prêmio ao lado de Fernanda Montenegro e Marieta Severo no Melhores do Ano, tradicional premiação do “Domingão do Faustão” que foi ao ar no domingo (9). As três venceram a categoria especial personagem do ano.
“Gratidão, gratidão, gratidão. Essa é a palavra que resume esse momento. Eu também fiquei surpresa em saber que as três seriam premiadas. O que é estar ao lado dessas duas atrizes incríveis, que inspiram a todos os atores desse país? Emoção! Momento de agradecer a toda equipe de ‘Segundo Sol’, aos autores, diretores, elenco, editores, toda equipe. E não poderia deixar de agradecer ao público, a cada um de vocês que acompanham, vibram, torcem, votam, estão sempre juntos. Muito amor por vocês”, falou a Laureta de “Segundo Sol”.
Enquanto as três estavam no palco, Fernanda aproveitou para fazer um contundente desabafo sobre as acusações de parte da sociedade de que artistas vêm se beneficiando da Lei Rouanet, mecanismo que concede incentivos fiscais a empresas patrocinadoras de eventos e produtos culturais.
“Nós somos de uma profissão digna, nós somos parte de uma cultura teatral milenar. Não é possível fazerem de nós, gente de palco, atores de televisão e de cinema, responsáveis pela derrocada econômica deste país. Não somos corruptos, não não somos responsáveis pela crise de corrupção que o Brasil está passando”, iniciou ela.
“Se estende pelo país de forma ultrajante uma visão negativa, torpe, agressiva em cima de nós. Não somos responsáveis pela corrupção desse país através da Lei Rouanet. Não somos corruptos, gente! Eu sei que há uma terra de ninguém, que é a internet, tudo bem. Então temos que de uma maneira palpável, temos que nos posicionar.”
Sem ser interrompida por Faustão, a atriz prosseguiu. “Somos dignos, temos uma profissão extraordinária, tenho certeza que para nós é a melhor profissão deste mundo. Podemos não ter uma profissão prioritária, mas temos uma profissão libertária. Nos nossos palcos, programas de TV ligados à dramaturgia é uma busca constante da amplidão de imaginário, de sensibilidade, isso nos leva a uma integração de nação, de cultura.”