‘Vou contar um segredo: Carminha aprendeu tudo na vida dela com Laureta”. É com bom humor que Adriana Esteves brinca com a expectativa que surgiu de notarem na sua vilã de “Segundo sol” traços de sua inesquecível malvada de “Avenida Brasil” (2012). As duas foram escritas por João Emanuel Carneiro, mas a artista não teme semelhanças entre as personagens.
— Elas têm histórias diferentes. As pessoas lembram muito de Carminha porque depois dela, não fiz outra mau-caráter. Nunca tive medo de fazer outra vilã de João, até porque essa palavra não faz parte do meu repertório. Não tenho medo de nada, nem de barata — diverte-se a atriz, que depois de dois anos, volta a trabalhar com o marido, Vladimir Brichta, o Remy da trama.
— É o auge do prazer em todos os sentidos. Fizemos a série “Justiça”, mas não contracenávamos. Agora, dividimos a cena, temos historinha para criar. É o máximo!
Laureta também é destemida e mostrou de cara ter um repertório infinito de maldades. Mas há, no fundo, humanidade, segundo a atriz.
— É uma mulher com passado misterioso, que se emociona, tem dores, sofrimentos… É guerreira — defende Adriana.
Cafetina de luxo por trás da promoter, Laureta tem um cérebro que maquina armações 24 horas por dia. Ela usa Roberval (Fabricio Boliveira) para dar golpe em uma amiga rica, além de ter na pupila, Karola (Deborah Secco), a melhor executora de seus planos. Aliás, a admiração que a comparsa tem da mestra ecoa na vida real, já que Deborah não esconde que se inspira em Adriana:
— É legal saber que a gente se inspira uns nos outros. Várias pessoas dizem me achar parecida com Renata Sorrah. É um elogio, porque ela é uma inspiração para mim na vida, além de ser minha amiga — diz Adriana.
Fonte: Jornal Extra