Adriana Esteves está a participar no início das filmagens de uma nova série da Rede Globo, “Justiça”, onde vive uma mãe de família saída da prisão que vai em busca dos filhos e contracena com o marido, Vladimir Brichta.
Mas mais perto de Portugal, é uma das estrelas do thriller “Mundo Cão”, lançado nas salas de cinema do Brasil há um mês e que é exibido na sexta-feira (6 de maio) no âmbito do festival de cinema FESTin, o Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, que decorre no cinema São Jorge, em Lisboa.
Numa conversa com o SAPO MAG, a atriz defende assim a sua duríssima trajetória na televisão, repleta de críticas negativas e depressão no início dos anos 1990 até o consenso nos tempos que correm, coroada com a personagem da vilã Carminha em “Avenida Brasil”.
“É a trajetória de uma atriz apaixonada pelo seu ofício, responsável e louca!”, diz.
E a arte é a maneira certo de lidar com as desgraças: “Nesta profissão coloco para fora o meu maior anjo e o meu maior demónio”, completa.
Já no filme de Marcos Jorge, responsável por uma das obras de referência do moderno cinema brasileira, “Estômago” (2007), Adriana Esteves vive uma dedicada e trabalhadora mulher evangélica a viver na periferia de São Paulo.
Casada com um inspetor zootécnico e mãe de dois filhos, ela enfrenta uma enorme tragédia quando a violência gratuita e casual irrompe contra a sua família.
“Identifico-me muito com a sua paixão pelos filhos, pelo marido e pelo trabalho. Acho que essa é uma característica muito comum da mulher brasileira”.
De resto, os elogios ao seu trabalho e dos demais atores principais, que incluem Babu Santana como o seu cônjuge e um aterrador Lázaro Ramos como vilão, tem sido a norma.
“Tivemos uma preparação muito cuidada neste trabalho. Partimos de um excelente argumento, com características bastante definidas dos personagens e durante dois meses de trabalho anterior às filmagens, conseguimos ter tempo de pesquisas e ensaios para as situações mais delicadas. Marcos Jorge é de um cuidado e um domínio surpreendente em todas as etapas do processo”.
Já sobre o carácter de mulher crente do filme, membro de uma congregação que se alastra no Brasil enquanto gera enormes desconfianças na população laica, Adriana Esteves é diplomática.
“Tenho respeito por todas as religiões e foi interessante pesquisar as diversas formas de igrejas evangélicas existentes”.
E em Portugal, quando ela aparece?
“Já estive em Portugal e fiquei encantada com tudo, gastronomia, paisagens, cultura. Adoraria que me convidassem para trabalhar aí. Quem sabe um dia? Seria um grande projeto meu”.
Fonte: http://mag.sapo.pt/cinema/atualidade-cinema/artigos/adriana-esteves-adoraria-trabalhar-em-portugal-seria-um-grande-projeto-meu