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Adriana Esteves diz: ‘Eu sou um perigo quando falo’

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Adriana Esteves coletiva Amor de Mãe
Foto: Roberto Filho/Brazil News

A partir desta segunda-feira, Adriana Esteves vai aparecer em dose dupla na Globo. Além de a inesquecível Carminha de ‘Avenida Brasil’, a atriz vai dar vida a Thelma em ‘Amor de Mãe’, novela de Manuela Dias que substitui ‘A Dona do Pedaço. Na entrevista a seguir, Adriane conta que se assiste no ‘Vale a Pena ver de Novo’ sempre que pode e que sua atual personagem é uma mulher cheia de esperança. A atriz também fala sobre seu apartamento comprado recentemente na Bahia e sobre como se vê como mãe. “Eu sou protetora”, admite ela, que se policia para não invadir a liberdade dos filhos Felipe, Vicente e Agnes.

 

Dizem que você não gosta de dar entrevista . É verdade?
Não é verdade. Eu gosto de dar entrevista, mas eu me conheço. Eu sou um perigo e quando começo a falar, eu falo até o que não devo. Me empolgo e vou falando, falando e ai fico exposta demais (risos).

Não podemos começar essa entrevista não falando de ‘Avenida Brasil’, que virou um sucesso nas tardes da Globo. Agora você volta no horário nobre…
Que horário nobre é esse, gente? (interrompendo). Horário nobre é onde tem coisa boa. Eu estou muito surpresa e vou confessar que eu tinha muito ciúme porque achava que não tinha que reprisar a novela. Queria guardar a memória daquele momento, o momento do país também, que a novela caiu como uma luva naquele contexto. Eu falei: deixa lá, foi tão bonito, agora poderia ser que não fosse a mesma coisa. Mas é mesma coisa. Gosto das cenas, eu gosto daquele elenco, eu me divirto com a novela agora porque é uma forma distanciada de ver, de assistir. Naquela época eu não conseguia ver, eu só trabalhava.

E agora que você assiste a novela, o que acha?
Sempre que posso eu vejo. A novela é muito boa e eu me surpreendo a cada dia. Esqueci algumas cenas e quando revejo fico surpresa. Quando eu assisto realmente é um ‘Vale a pena ver de novo’.

O que te fez aceitar o convite para trabalhar em ‘Amor de Mãe’ um ano depois de Laureta de ‘Segundo Sol’?
Aí eu posso te enumerar milhares de motivos para isso. Convite de Manuela Dias, uma grande autora, mulher brasileira, com quem tive uma parceria muito boa em ‘Justiça’. O José Luiz Villamarim, um dos maiores diretores da televisão e do cinema brasileiro, que fizemos uma grande parceria também em ‘Avenida Brasil’ e em ‘Justiça’. Contar essa história. Dessas mulheres, dessas mães. Estar ao lado de Regina Casé e de Taís Araújo, de Vladimir Brichta, do grande Murilo Benício… Se eu começar inclusive aqui a lembrar o elenco eu não pararia de falar porque é um superelenco de atores que eu respeito e admiro muito.

Sua personagem Thelma é uma mulher amargurada?
Não, não acho que ela é amargurada. Na verdade, eu a vejo como uma mulher cheia de esperança. Ela perde o marido e depois recebe uma notícia de que tem um aneurisma em lugar muito difícil de fazer a cirurgia e nisso ela lida com criatividade e esperança de viver bem enquanto ela estiver viva. Como toda mãe protetora, ela vai ter problemas de relação ao filho. Mas ela ama tanto o filho que a sempre acha que ele tem as razões dele.

E essa coisa dela ser super protetora, você se considera assim?
Eu não sei se eu sou super protetora. Eu sou protetora. Super eu não sei. Eu não sei se super excede o normal de invasão de liberdade do próximo, eu procuro não invadir a liberdade do crescimento deles. Acho que ela passa da fronteira e eu procuro não passar.

O diretor José Luiz Villamarim disse que a novela da Manuela não tem uma vilã máxima, a vilã é a vida, são situações… Você concorda com isso?
Concordo. Porque a vida pode ser muito cruel e não é por causa de um vilão é por causa de uma falta de oportunidade que muitas das pessoas tiveram. Eu concordo bastante com o que a Manuela escreve.

Adriana, o que você faria se tivesse o mesmo problema de saúde da sua personagem?
Eu não quero nem pensar, isso é uma coisa que a gente não pensa. Só trabalho com positivo.

Como você sai do estúdio depois de fazer cenas fortes?
Eu saio normal. A tensão é só na cena. Eu deixo tudo no estúdio. Senão eu não conseguiria trabalhar.

Você muda muito entre uma novela e outra. Como você se prepara para a personagem?
Eu me preparo muito. Até começar a gravar são dois ou três meses só de preparação. Sou eu quem busco me baseando no texto. Procuro informações sobre assuntos semelhantes à história da personagem. Tudo o que você pode imaginar. Cada ator é de um jeito, cada ser humano é de um jeito. Eu vou até aonde a minha criatividade me mandar.

Adriana, você falou que se cuida, você tá sempre bem… Como você se cuida?
Ah, esse assunto não me interessa muito, mas eu posso falar assim no geral: eu me cuido como uma pessoa que se cuida, como uma pessoa madura se cuida. Ela cuida da saúde, ela frequenta médico, sabe que a alimentação é algo muito importante, que exige moderação pra tudo. E eu sou muito cuidadosa, tudo o que eu ensino para os meus filhos eu boto em prática em mim porque não existe nada melhor do que o exemplo.

Você tem alguma superstição?
Parei. Já tive mais jovem, mas não tenho mais. Nem para um primeiro capítulo.

Seu filho está pleiteando uma carreira musical. Como você vê isso?
Isso mesmo e o duo se chama Cai Shara! Felipe Ricca e Rodrigo Silvestrini arrasam. Eu corujo muito, vejo todos os clipes, incentivo e torço muito.

É verdade que você e o Vladimir Brichta estão pensando em morar em Salvador?
Morar não, mas a gente tem um cafofo por lá. Compramos um apartamento delicioso e estamos com um pé lá e um pé aqui no Rio.

Por falar em ‘Amor de Mãe’ como é a relação com a sua mãe?
Minha mãe é a luz do sol. Para mim ela é a guerreira master e se você perguntar isso na minha família, todos concordam. São sete filhos. Ela é a mais velha, criou praticamente todos os irmãos, depois teve as próprias filhas e sempre com um sorriso de orelha a orelha, com a profissão mais bonita do mundo: professora. O nome dela é Regina Esteves e o meu sobrenome artístico vem dela.

 

 

 

Foto: Roberto Filho/Brazil News

Fonte: https://www.folhaestado.com/eu-sou-um-perigo-quando-falo-falo-ate-o-que-nao-devo-diz-adriana-esteves/

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