Após o sucesso de “Avenida Brasil” no Vale a Pena Ver de Novo, fica a dúvida, que é também um desejo dos fãs: seria possível uma continuação? Se depender de Adriana Esteves, a inesquecível vilã Carminha, e de Débora Falabella, a mocinha Nina, sim.
“Seria lindo ver o que aconteceria com essas personagens, dez anos depois”, diz Esteves. “Eu acho que seria incrível uma segunda temporada de ‘Avenida Brasil’, uma ‘Avenida Brasil 2’ ou um especial. Se eu fosse o público, adoraria assistir”, acrescenta Débora.
A diretora Amora Mautner tem opinião semelhante. Em entrevista recente ao colunista Flávio Ricco, do UOL, a diretora disse que a megera interpretada por Adriana Esteves daria um grande spin-off. Vale lembrar que, nos capítulos finais de “Avenida Brasil”, que serão reapresentados na Globo nesta quinta (30) e sexta-feira (1º), Carminha se regenera, cumpre pena na prisão pela morte de Max (Marcello Novaes) e volta para o lixão, onde conhece seu neto, filho de Nina e Jorginho (Cauã Reymond).
Cauá Reymond, aliás, também faz coro por uma sequência, embora pontue que isso não costuma acontecer com novelas. O caso mais recente é “Nos Tempos do Imperador”, trama que vai ocupar a faixa das seis após a quarentena e é uma continuação de “Novo Mundo” (2017), atualmente reapresentada no horário. Ainda assim, a produção traz novos personagens. Os únicos que se repetem são Germana (Vivianne Pasmanter) e Licurgo (Guilherme Piva).
Para os três atores, o sucesso de “Avenida Brasil” se dá por um conjunto de fatores, como o texto de João Emanuel Carneiro, e direção e elenco afinados. “Mesmo depois de oito anos [da primeira exibição em 2012], é um trabalho que se mostra muito sólido. Foi um super gol. Por mais que um grande elenco se junte em outros produções como filmes, novelas, séries e peças de teatro, esse tipo de química de ‘Avenida Brasil’ não acontece toda hora”, diz Reymond.
Apesar da quarentena, ele afirma que tem feito muitas aulas online e tocado projetos pessoais, por isso, não conseguiu acompanhar a reprise. Mas, sempre que passa por uma TV e a trama está sendo exibida, conta que acaba parando para rever o trabalho. Entre algumas cenas marcantes, destaca a que Jorginho descobre que Max é seu pai e a que o seu personagem reconhece Nina como Rita, o amor de infância do seu personagem.
“Tem também uma cena muito bonita em que contraceno com o Tufão [Murilo Benício], que a gente fala sobre paternidade. Acho que ali eu dei um novo salto como ator. Era uma cena que eu achava que seria super difícil, e a gente conseguiu fazer em um take único”, lembra.
Já Falabella afirma que está sendo muito mais prazeroso ver “Avenida Brasil” agora do que foi em 2012. “Hoje eu posso aproveitar muito mais a trama, assistir a novela me divertindo com as cenas. Fico impressionada como a conexão dos atores era forte, como a gente conseguiu fazer um trabalho bonito, interessante e divertido ao mesmo tempo.”
As cenas preferidas dela são as de Nina exercendo o seu plano de vingança contra Carminha. “São cenas importantíssimas para a novela também porque é quando a personagem dá uma virada, onde o público fica na dúvida sobre o caráter dessa personagem”, diz.
Já Adriana Esteves prefere não opinar sobre os seus momentos preferidos de Carminha na produção. “Impossível citar alguma cena específica. Gosto da novela inteira”, conclui.
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