De olho na história escrita por Manuela Dias e dirigida por José Luiz Villamarim , O GLOBO falou com cada atriz separadamente, sobre as dores e delícias da maternidade. Para além da ficção, afinal, não falta história. Adriana é mãe de Agnes, de 22, Felipe, de 19, e Vicente, de 13.
A seguir, os principais trechos da conversa.
Qual é o maior mito da maternidade?
Me incomoda um pouco quando a maternidade é romantizada. Ela em si já é tão forte e verdadeira, que não precisa exagerar.
E qual o clichê que realmente acontece?
Olhar para o filho e chorar. É muita emoção e em qualquer idade. Mas eu não sei, eu sou uma mãe bem babona, bem apaixonada.
Cite uma loucura que vocês já fizeram ou um perrengue que já passou por um filho.
Tem umas coisas risíveis: uma vez uma garotinha numa brinquedoteca xingou meu filho, nem me lembro do que. Tive um ímpeto de brigar com a menininha, o que era um absurdo. Depois vi que era ridículo, e graças a Deus me controlei. Consegui evitar que fosse tão infantil a ponto de brigar com uma garotinha de dois anos!
Que aprendizados você leva da sua mãe para a educação dos seus filhos?
Com meus filhos maiores, falo para eles uma coisa que ela sempre falou: que a gente tem que abrir várias portas, ser muito disciplinado, que o trabalho da criança é estudar e que é estudando que eles vão chegar num lugar bacana, num sentido ético, de dignidade. Falo pra eles que a vida é muito difícil e as coisas que não vêm de mão beijada.
Quando cai a ficha de que você é responsável por outro ser humano?
Pra mim, foi no dia em que recebi o exame positivo. Quando tive meu primeiro filho (Felipe, 19 anos) tentava engravidar há seis anos. Eu já ia partir para a inseminação ou adoção, tinha toda a pesquisa. Sempre achei que era mãe, antes mesmo de ter filho. Eu tinha certeza que ia ter meu filho, sou muito maternal. Tenho cinco afilhados e só não tenho mais porque acho que ser madrinha é tanta responsabilidade que fui negando convites ao longo da vida. Quero que contem comigo como uma segunda mãe.
Foto: João Cotta/ TV Globo