Desde o primeiro capítulo de Amor de Mãe, a sintonia entre Adriana Esteves e Regina Casé se mostrou um dos grandes trunfos da novela. Agora, mais de um ano após a estreia, a parceria rendeu frutos: todos os dias, o público enaltece os talentos das duas atrizes em cena, durante a exibição dos capítulos. E já vai ficando o gostinho de saudade…
Mas, se depender delas, novas parcerias vão surgir. Convidada mais do que especial do podcast Novela das 9, Adriana Esteves abre o coração e não esconde a admiração que sente por Regina Casé e a alegria de ter contracenado com ela na trama de Manuela Dias. Na entrevista, a intérprete de Thelma revela que essa inspiração vem de muitos anos. Afinal, quem não lembra de Tina Pepper [papel de Regina em Cambalacho, 1986]?
“Regina Casé é uma mulher que tenho uma admiração muito forte há muitos anos. Eu nem sonhava em ser atriz, eu era uma menina brincando no meu bairro, no meu subúrbio, e achava que eu era a Tina Pepper, personagem icônica de Regina. E aí passaram-se os anos e eu ganhei um outro presente de Silvio de Abreu, que eu fiz a Sandrinha de Torre de Babel. Ninguém me tirava da cabeça que a minha Sandrinha era uma inspiração em Tina Pepper. E isso é dentro da minha cabeça, eu acho que era inspiração de atriz. Regina me serviu muito de inspiração.”
E para os fãs das duas, atenção: deve vir mais dobradinha por aí!
“A gente é colega, se encontrava sempre nos lugares, em festa, alguma coisa assim, somos vizinhas no mesmo condomínio aqui perto do Rio. Mas amizade mesmo surgiu com Amor de Mãe. E surgiu uma amizade muito sólida, porque fizemos uma parceria muito bonita nas gravações, que eu agradeço muito o companheirismo dela e hoje eu posso dizer que vou levar Regina para o resto da minha vida. E quero muito trabalhar com ela em outros trabalhos, porque agora uma outra porta se abriu.”
“A gente está louca para fazer uma comédia, mas uma ‘comédiona’. A gente não aguenta mais chorar, agora a gente quer rir. E levar todo mundo para rir.”
Nos bastidores, aliás, o peso da trama só tomava o ambiente depois do “gravando” mesmo. Adriana conta que ela e Regina riram tanto trabalhando juntas que até o diretor José Luiz Villamarim tinha que dar uma “bronca” nas duas, eventualmente:
“Amor, eu e Regina a gente ri todos os dias! Até nas cenas mais difíceis, que a gente precisava ficar muito concentrada. A gente precisava do Zé Luiz, nosso diretor, falando: ‘Meninas, meninas…’. A Regina diz que eu sou palhaça e engraçada, mas eu não consigo ficar do lado dela sem rir. Então a gente riu muito. Isso foi uma coisa muito prazerosa, porque você fazer duas personagens que teoricamente vão brigar, uma vai lutar com a outra, só que eu e ela era só amor. Era só alegria. A Regina, vocês sabem disso, é notório é uma das pessoas que tem mais humor na vida. É uma delícia passar o dia ao lado dela.”
Outra amizade que se estreitou em Amor de Mãe foi com Taís Araujo – não apenas pelo trabalho, mas também pela relação próxima de seus respectivos maridos. Adriana afirma que Vladimir Brichta e Lázaro Ramos se têm como irmãos, e que isso aproxima muito ambas as famílias:
“Esse trabalho aproximou muito a gente. Eu e Taís nos conhecemos há muitos anos. Somos colegas atrizes, nos tornamos amigas. Casamos com dois atores que são irmãos. Eles têm uma irmandade, são muitos amigos. E aí, nós, mulheres, nos tornamos muito amigas. Os filhos são amigos. A gente se considera tios e sobrinhos. Somos realmente um grupo. E eu tinha muita vontade de trabalhar com a Taís. Acho ela uma baita atriz, uma mulher interessantíssima. E aí fizemos dois trabalhos juntos esse ano que foi o Amor de Mãe e o filme Medida Provisória, filme dirigido por Lázaro Ramos que é um sucesso que daqui a pouco vocês vão ver por aí.”
Foto: João Miguel Junior
