Diferente de sua personagem Thelma, que quer controlar cada passo do primogênito na novela ‘Amor de Mãe’, Adriana Esteves, 50, afirma buscar equilíbrio no relacionamento com os filhos, Felipe, 20, Vicente, 13 e a enteada Agnes, 23. Em bate-papo com a Crescer, a atriz, casada com Vladimir Brichta, 43, refletiu sobre a rotina da família e outros temas em alta, como uso da tecnologia e culpa materna.
Com a tecnologia e a violência na rua, muitos pais caem na tentação da superproteção. Como você encara essa questão no seu dia a dia?
Tenho a impressão de estar vivendo numa geração em que pais controlam mais as vidas dos filhos. São muitos medos e receios com a violência, mas acho também que a internet e as redes sociais propiciam este aumento de controle. Não gosto muito disso. Acho que muitas vezes há um controle exagerado. Procuro equilibrar isso em minha família.
A maternidade sempre esteve presente nas tramas das novelas, mas geralmente em papel secundário. Como você encara o fato desse tema ter sido trazido para o centro de uma narrativa?
O tema maternidade é muito rico. Pode ser explorado de infinitas maneiras. Gosto muito quando este assunto ajuda também a falar da valorização da mulher.
Como o nascimento dos seus filhos mudou as crenças que você tinha em relação à maternidade?
Meus filhos me mostraram que tudo que eu imaginava da maternidade é melhor e mais profundo ainda. O maior encanto que tenho na vida é ser mãe deles.
A culpa materna é um tema muito forte em ‘Amor de Mãe’. Como sua personagem lida com isso? E como você lidou com esse sentimento?
Nunca me senti culpada em relação à maternidade. Sempre lutei para fazer o melhor para eles. E, quando erro, peço desculpas. Acho que o erro faz parte do ser humano. Assim, vamos criando, dando exemplo, amando, ensinando a amar.
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