Falar sobre televisão sem falar de Adriana Esteves é impossível! ✨ A atriz eternizou personagens inesquecíveis ao longo de sua carreira e fez sua estreia ainda nos anos 80, em Top Model. Do folhetim de Antonio Calmon para cá, Esteves colecionou tipos memoráveis na telinha da Globo – ou vai dizer que não se lembra da impetuosa Catarina, de O Cravo e a Rosa, da musical Lola, de Kubanacan, e das cruéis Carminha e Laureta, de Avenida Brasil e Segundo Sol, respectivamente?
No ar como a obcecada Thelma, em Amor de Mãe, Adriana conversou com o podcast Novela das 9, do Gshow, e relembrou momentos importantes e marcantes de sua trajetória artística. Durante o papo, ela recordou com carinho de suas indicações ao Emmy Internacional, onde concorreu como Melhor Atriz pelas suas atuações nas séries Dalva e Herivelton – Uma Canção de Amor (2010) e Justiça (2016).
“A primeira vez que fui indicada, eu soube pelo jornal, de manhã no café da manhã, e eu quase caí dura. Foi com Dalva e Herivelto, a Dalva de Oliveira. Aí, dois ou três anos depois, com Justiça eu falei, não, gente, me belisca alguém, porque já foi uma vez e agora a segunda”, relembrou, bem-humorada.
A atriz contou que as premiações não são seu principal parâmetro na hora de aceitar um novo trabalho ou construir um personagem.
“O prêmio é um aplauso enorme, é um reconhecimento, é um carinho enorme. Eu antes de fazer qualquer trabalho eu juro por Deus que nunca pensei em prêmio. Mas quando vêm são bem-vindos e eu agradeço muito”, afirma.
Ainda sobre a profissão, Adriana revelou um fato curioso sobre o modo como lida com seu trabalho: em muitas das vezes, ela o encara como se fosse uma escola.
“Eu vou contar isso pra vocês, porque é uma coisa maluca, mas saiu. Eu falo às vezes com os meninos assim: gente, pelo amor de Deus, eu tenho que estudar, porque amanhã eu tenho prova. Eles olham pra mim e falam “a mãe está bem louca”. Eu me dedico ao meu trabalho às vezes como se eu estivesse ainda na escola ou na faculdade. E aí eu confundo, chamo diretor de professor, chama um dia de uma sequência difícil de prova…”, divertiu-se a atriz.
No ano em que são comemorados os 70 anos da teledramaturgia brasileira, a esposa de Vladimir Brichta aproveitou para elencar as novelas que gostaria de rever pelo Globoplay, o serviço de streaming da Globo.
“Roque Santeiro não teve ainda não, né!? Eu adoraria. E se pensar em alguma que eu já fiz, eu gostaria de rever Renascer. Renascer foi tudo de mais impactante. Na minha vida foi muito forte, porque eu era muito nova. Uma das minhas primeiras protagonistas”, contou.
Sobre o folhetim de Benedito Ruy Barbosa, a veterana aproveitou para lembrar sobre a produção cuidadosa da novela, dirigida por Luiz Fernando Carvalho.
“Uma novela que a gente praticamente morou na Bahia, porque existia na época a possibilidade de a gente gravar realmente lá, em Ilhéus. Foi uma novela muito impactante pro Brasil, pro público também. Por isso eu acho que talvez me desse vontade de rever, pra imaginar como ela seria hoje, como seria o impacto dela hoje”.
Foto: Estevam Avellar/ TV Globo