Início Adriana Esteves ‘Assédio’, com Adriana Esteves, estreia no Globoplay dia 21/09/2018

‘Assédio’, com Adriana Esteves, estreia no Globoplay dia 21/09/2018

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Adriana Esteves

‘Assédio’ estreia no Globoplay com história de Roger Abdelmassih e relatos de abusos sexuais

‘Acho necessário falar sobre isso’, diz Barbara Paz, que interpreta uma das vítimas que denunciam o médico. Série estreia nesta sexta-feira (21), inspirada em livro e no caso real.

O terror de ver o desejo de ser mãe se transformar em desespero e dor vai ser mostrado na série “Assédio”, com estreia nesta sexta-feira (21), no GloboPlay.

Inspirado no livro “A Clínica: A farsa e os crimes de Roger Abdelmassih”, de Vicente Vilardaga, o seriado conta a história de mulheres que sofreram abusos sexuais cometidos por um médico bem-sucedido.

O médico da trama é Roger Sadala, interpretado por Antonio Calloni. O personagem é baseado em Roger Abdelmassih, condenado por estuprar pacientes em seu consultório em São Paulo entre 1994 e 2007.

O ex-médico especialista em reprodução humana, um dos pioneiros da fertilização in vitro no Brasil, foi condenado a 181 anos de prisão por 48 estupros de 37 pacientes.

Força feminina

A autora Maria Camargo e a diretora Amora Mautner uniram forças para que a produção captasse ao máximo o sofrimento de quem passou pela situação. Pesquisas foram feitas nos autos dos processos das vítimas de Roger, em relatos na imprensa e no livro de Vilardaga.

“A inspiração inicial foi o livro, mas existe uma história real. Só uma sociedade doente permite que pessoas como ele existam e que esses crimes aconteçam. Partimos da vida real para fazer a série, mas o que queríamos era a ficção. Fizemos uma pesquisa profunda e extraímos o que de simbólico nos interessava”, explica a autora.

Entre as vítimas na série estão Stela (Adriana Esteves), professora que acaba sendo violentada durante um procedimento, Eugênia (Paula Possani), arquiteta de família rica, Vera (Fernanda D’Umbra), além de Lorena (Bárbara Paz) e Carmen (Monica Iozzi). As duas denunciam o médico.

“Temos uma função social muito grande e acho necessário falar sobre isso”, comenta Barbara Paz.

Fernanda diz que é preciso ressaltar a coragem das vítimas ao denunciar o assédio: “Por mais que a vergonha fosse grande, a união dessas mulheres vítimas foi transformadora. Elas tiveram as vidas massacradas por conta dessa violência tão cruel”.

Personagem homônimo

A ideia de deixar o nome do médico da ficção como Roger, o mesmo do da vida real, foi um “um ato de coragem”, na opinião da diretora.

“A gente não quer negar o ponto de partida. E o fato de o Roger ser um condenado da Justiça nos permitiu que tívessemos algumas abordagens, claro, com toda consultoria jurídica”, diz Amora.

“Temos uma liberdade de criação responsável, porque existe um âncora na vida real. Não posso inventar crimes e cenas que não aconteceram. Existe um limite ético na obra, mesmo que seja livremente inspirada”.

Antonio Calloni diz que seu personagem tem grande complexidade:

“Tive que acreditar nele. Nada que é humano me é estranho. Fui abrindo minhas gavetas internas e tirando o ódio, o amor, coisas que todos nós temos, para o bem ou para o mal”.

Na trama, Mariana Lima e Paolla Oliveira fazem a primeira e seguda esposa, respectivamente, do médico. “O grande desafio foi me distaciar da minha personagem. Choro muito quando vejo as cenas pela profundidade das emoções”, diz Mariana.

Fonte: G1

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