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Cabine, coletiva de imprensa é pré estreia do filme Marighella em São Paulo

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Foto: Taciana Vitti

Ocorreu na sexta, 29/10, a cabine, coletiva de imprensa e pré estreia do filme Marighella em São Paulo, respectivamente nos espaços, Cine Marquise e Shopping Bourbon. Participaram dos eventos o diretor, produtor e roteirista Wagner Moura, além do elenco composto por Adriana Esteves, S.Jorge, Bruno Gagliasso, Clara Marighella, Bella Camero entre outros, bem como vários produtores.

O filme é baseado na biografia de Carlos Marighella: ‘O guerrilheiro que incendiou o mundo’, de Mário Magalhães; Marighella é retratado em todas as suas facetas.

‘Marighella’ retrata os últimos cinco anos de vida de Carlos Marighella, da saída do PCB (Partido Comunista Brasileiro) – onde militou e se tornou deputado federal – a criação da ALN (Aliança Libertadora Nacional) e sua incursão na luta armada contra a ditadura.

Além da importância histórica do filme que retratou a ditadura, a época mais sombria no nosso país. Para nós, fãs da Adriana e Vladimir, a história de Marighella faz parte da vida dos dois.

A fala da Adriana durante a coletiva corrobora com a nossa afirmação:

 

“Levei meu filho de 15 anos para assistir. Quando terminou, ele não falou nada, estava sem palavras, mas disse: ‘Queria te dizer que estou feliz de você estar aí’.

 

Uma breve explicação da citação acima, Adriana e Vladimir são casados e tem um filho, Vicente, neto de Arno Brichta (pai de Vladimir, professor universitário, preso e torturado durante a ditadura. Vale a pena assistir esse depoimento no youtube (https://www.youtube.com/watch?v=A6yFCVeIED4)

 

A Adriana ficou visualmente emocionada nesse momento, e, como sempre faz, com muita sutileza, soltou uma fala para deixar o ambiente mais leve:

 

“Inclusive o pai de Vicente, Vladimir, foi feito na cela 7”

 

Para mim, Taciana, que escrevo esse texto, o filme também toca num ponto muito importante da minha vida. Eu sou formada em Ciências Sociais pela PUC-SP, 2002, foi emocionante ver o famoso “prédio velho” da Rua Monte Alegre sendo retratado no filme, invadido em 1977*. A maioria dos meus professores, alguns falecidos hoje, foram presos e levados ao estacionamento (onde hoje é o “Prédio Novo”) e seus relatos eram compartilhados durante as aulas.

 

Apesar de toda a censura sofrida pelo atual governo genocida, os boicotes da Ancine, bem como vários adiamentos, o filme entra no circuito comercial no dia 4 de novembro.

 

O filme tem produção da O2 Filmes e coprodução da Globo Filmes e Maria da Fé. A distribuição é da Paris Filmes e da Downtown filmes.

 

Eu gostaria de deixar registrado o meu muito obrigada ao Eduardo e à Paula, pela compreensão e atenção de vocês.

 

Viva Marighella!

 

 

* Para saber mais sobre a invasão da PUC-SP https://www.pucsp.br/comissaodaverdade/movimento-estudantil-invasao.html

 

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