Série da Globo gira em torno do investigador Zózimo Barbosa, interpretado pelo ator Vladimir Brichta
Prostitutas, violência, paixão, crimes, suspense, um detetive sem muitos escrúpulos… Toda a fauna do submundo do Rio de Janeiro dos anos 1950 estará na série “Cidade Proibida”, que estreia hoje na Globo. Seus 12 episódios, exibidos às terças-feiras, giram em torno do investigador Zózimo Barbosa, interpretado pelo ator Vladimir Brichta. Ex-policial que largou a carreira por estar cansado da incompetência do serviço público, ele vira um detetive particular especializado em casos de traição.
Mas Zózimo é um sujeito cujo a ética costuma ser bastante volátil. “Na verdade, ele é um homem um tanto amoral. Não deixa de ter os seus princípios, mas eventualmente se permite subverter isso, sobretudo por só se importar com o presente”, explica Brichta.
Parte dessa subversão ele gasta se relacionando com as mulheres que o procuram para as investigações. Mesmo assim, Brichta não considera o detetive um galã. “Eu não diria que ele é exatamente um mulherengo. Ele não tem grandes conquistas nas histórias. É um cara que deseja bastante e tem um encantamento pela beleza daquelas mulheres. São quase paixões platônicas. São poucas com quem ele consegue realizar um encontro verdadeiro.”
Em sua vida e nos casos em que trabalha, Zózimo conta com a ajuda de três inseparáveis amigos: Marli (Regiane Alves), prostituta por opção que tem o sonho de se casar com ele; Bonitão (José Loreto), um sujeito atrapalhado e garanhão, que só causa encrencas; e Paranhos (Ailton Graça), o bruto e corrupto policial que se tornou amigo de Zózimo quando eles atuaram juntos.
A relação dos quatro dará o tempero de “Cidade Proibida”. “Eles vão brigar algumas vezes, ou até várias vezes. Mas vão ficar juntos até o fim”, diz o autor, Mauro Wilson.
Pesquisa
O protagonista exigiu de Vladimir Brichta uma série de pesquisas sobre os anos 1950 e sobre como é ser detetive. “Revi o filme ‘Los Angeles, Cidade Proibida’ e outros longas que poderiam servir de referência, como ‘Taxi Driver’, ‘Quatro Estações em Havana’ e ‘Chinatown’”, conta o ator.
A equipe de produção de “Cidade Proibida” consultou ainda um detetive real, que atuou nos anos 1950, período em que a série é ambientada. Os casos, no entanto, são todos fictícios. A cada dia, uma história é contada na série.
“Todos os casos têm suas particularidades. Eventualmente, o Zózimo se apaixona, mas em outros casos ele não se envolve com ninguém. Muitas vezes, ele tem certeza de uma solução e depois a investigação o leva para outro caminho. Posso dizer que o que mais vai acontecer são surpresas. Nunca vai ser uma resposta muito imediata”, promete Brichta.
O ator, aliás, vive o melhor momento de sua carreira. Além de protagonizar “Cidade Proibida”, o mineiro de 41 anos também é a estrela do filme “Bingo: O Rei das Manhãs”, que vai representar o Brasil na disputa para nomeação ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2018. (Folhapress)