Adriana Esteves: o filho que ela queria ser, o filho que é igual a ela e a filha que aprendeu a chama-la de mãe
“O legado que quero deixar para meus três filhos é o mesmo que minha mãe deixou pra mim. Esse meu jeitinho que eu crio meus filhos acho que faço exatamente como ela me ensinou. Minha mãe, dona Regina linda, sempre teve muito prazer em ensinar a maternidade: ela dava o exemplo. Uma mulher muito batalhadora e amorosa, moleca com as filhas. Acho que também sou uma mãe muito cuidadosa. Meus filhos sabem que têm ali alguém que protege mesmo. Sou leoa, mas com muito prazer. Gosto muito do meu clã, da minha gangue. Quero prepara eles pra gente ser uma turma, dentro dos princípios que eu acredito”.
“Vejo traços meus em todos eles. Em cada um, uma coisa. Eu tinha uma paixão louca pelo Felipe. Aí surgiu a Agnes [filha do marido dela, Vladimir Brichta, que é orfã de mãe]. Pensava: ‘meu Deus, como pode?’ Uma pessoa tão diferente de mim e eu amar tanto, ficar tão encantada… Você amar o diferente também é uma grande surpresa, e muito arrebatador. Aí veio o Vicente… Acho assim: o Felipe é tudo que eu queria ser, um rapaz calmo, tranquilo, centrado. E a mãe aqui meio caótica, meio louca. Aí veio a Agnes, tão diferente… Aí engravidei do Vicente e veio um garoto igual a mim. Meu Deus, esse é igual. Inclusive nas paranoias, probleminhas… Em tudo. Aí você ama também por ser igual. Um é quem você quer ser, o outro você ama porque não acreditava que ia amar o diferente e o terceiro você ama porque é igual. Se viesse outro, não sei que loucura seria…”
Perguntamos quando foi que ela se sentiu mãe de Agnes pela primeira vez. “Acho que no dia em que ela me chamou de mãe pela primeira vez e ficou meio sem graça, com 5, 6 aninhos. O Felipe correndo pela casa me gritando… A palavra que mais se ouvia em casa era mãe… Aí ela falou também. E pediu desculpa. Aí eu disse: ‘Não tem isso de desculpa. Eu sou a mãe dessa casa e sua mãe, sim. Pode falar mãe’. Claro, com o maior cuidado de deixar ela muito à vontade. Na época, o jeitinho foi falar ‘pode me chamar de mãe, é o meu nome’”.
E algum dos três puxou a veia artística? “Todos! Pesquisa aí a banda Caiçara. Felipe tem uma banda já. Coisa mais linda. Ele canta, toca piano, toca violão. E faz Direito na PUC. A Agnes faz psicologia na PUC também, e faz CAL [Casa das Artes de Laranjeiras, um reconhecido curso de interpretação do Rio] à noite. Psicóloga atriz, advogado músico… Todo mundo dando seus passos. E o Vicente é imitador igual ao Vlad, a coisa mais bonitinha. Imita as pessoas e os bichos muito bem, igualzinho ao pai”.
“Minha família é um sonho. E não só eu, meus três filhos e o Vlad. É minha mãe, minha irmã com o marido dela, meus sobrinhos, que são presentes na minha vida, que amo como meus filhos, meus amores… Sou a mãe, a madrinha, a tia dominadora. Tenho vários afilhados, louca por todos eles. Não largo eles. Temos grupo de WhatsApp. O Felipe namora há 4 anos e eu também sou louca por aquela garota, aquela Flavia…”
“Não tem chance, nem vontade de ter outro filho porque minha dedicação já é total aos três. E quando crescem, começam a trocar também, é tão gostoso. Outro dia, o Felipe no carro me apresentou um musical de Nova York que eu não conhecia. E fomos emocionados até o dentista ouvindo… Eu só cobro que eles se dediquem ao que escolheram com seriedade. Mais nada”.
Olá. Tudo bem…vc que manda. Belo texto