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Equipe finaliza ‘Bingo — O rei das manhãs’, com Vladimir Brichta no papel principal

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Foto: Divulgação

SÃO PAULO — Em uma sala instalada no primeiro andar da Gullane Filmes, no bairro da Lapa, em São Paulo, Marcio Hinoshita ocupa a cadeira do montador e Daniel Rezende a do diretor. A dupla está dando os retoques finais em “Bingo — O rei das manhãs”, estreia de Rezende na direção. O cineasta brasileiro, que foi indicado ao Oscar de montagem por “Cidade de Deus” (2002), vem há algum tempo fazendo uma transição para abraçar a nova função. Ele também dirigiu a série “O homem de sua vida” para a HBO e trabalha no desenvolvimento de “Turma da Mônica — Laços”, além de se preparar para editar “Entebbe” em parceria com o diretor José Padilha.

— A gente fechou a montagem de “Bingo”, mas sempre acaba abrindo de novo. Os efeitos estão sendo feitos, estamos corrigindo cor, a trilha está sendo composta. Mas o filme já existe — diz ele, que prevê o lançamento para 2017.

“Bingo” tem inspiração na vida de Arlindo Barreto, primeiro ator a encarnar o palhaço Bozo no programa infantil que fez sucesso nos anos 1980, no SBT. O filme traz Vladimir Brichta no papel de Augusto, um jovem ator que busca seu lugar sob o holofote em um dos meios mais populares da década.

— Tudo o que acontece no filme aconteceu de verdade, mas resolvemos ficcionalizar para não ter problemas. Como trabalhamos no mundo do cinema, é assim. Sempre prezamos pela liberdade criativa, então, não vamos ficar atrelados a nenhum tipo de amarra — diz Rezende, que contou com a colaboração de Arlindo Barreto como uma espécie de consultor informal.

A única personagem retratada como na realidade é a cantora Gretchen, interpretada por Emanuelle Araújo. Foi a maneira que o cineasta encontrou de manter um laço com o que realmente aconteceu, por meio de uma referência popular da época retratada:

— A gente está retratando uma fase da nossa cultura pop. Quando a gente fala da TV nos anos 1980, foi uma década dos exageros, as roupas eram grandes, a maquiagem era colorida, tudo era exagerado. O cabelo era exagerado, você forçava o exagero. É uma época muito pré-conservadorismo, antes desse medo do politicamente correto que a gente tem hoje. O filme retrata isso, essa loucura que era a TV brasileira — explica o diretor.

Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/filmes/montador-daniel-rezende-comanda-filme-inspirado-na-vida-do-palhaco-bozo-20721024#ixzz4UhSWbOsH

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