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“Estou mais assustado do que feliz”, diz diretor de “Bingo”

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Daniel Rezende, diretor de “Bingo – O Rei das Manhãs”, passou a última semana tentando não pensar na possibilidade de representar o Brasil no Oscar, para “não ter que lidar com as expectativas e ansiedades”, mas agora não vai poder mais evitar. Nesta sexta (15), o longa foi escolhido para disputar, em nome do Brasil, uma indicação na categoria de filme estrangeiro.

“Estou mais assustado com a responsabilidade do que feliz”, diz Rezende, rindo, em entrevista ao UOL. “Outra coisa que me deixa muito feliz é que a safra dos filmes lançados este ano foi muito boa. Estou sentindo o Brasil com muitos bons filmes, de diretores experientes, mas também jovens, como eu, primeiro filme, com discurso, com qualidade, com personagens e histórias interessantes, para tentar entender esse país que a gente vive, porque eu acho que o cinema tem um pouco essa função”. Vem daí, segundo ele, a sensação de responsabilidade.

A visão de Rezende foi compartilhada pela comissão que fez a escolha, depois de uma discussão “encrencada”. A visão de Rezende foi compartilhada pela comissão que fez a escolha, depois de uma discussão “encrencada”.   “Foi um ano de uma excelente safra para o cinema brasileiro, foi uma escolha muito difícil”, disse o cineasta Miguel Faria Jr., integrante da comissão indicada pela Academia Brasileira de Cinema.

Questionado por que “Bingo” merecia ser escolhido, Rezende tentou resumir os méritos de seu filme: Questionado por que “Bingo” merecia ser escolhido, Rezende tentou resumir os méritos de seu filme: “Essa é uma pergunta difícil de responder. O que a gente tem é um tipo de filme que as pessoas talvez não estejam acostumadas. O Brasil não olha muito para a sua cultura pop no cinema. Nosso cinematografia vai mais para questões sociais, para a comédia, ou questões muito regionais…E ‘Bingo’ tem qualidade técnica também. Esse conjunto tem um ineditismo”.

Protagonizado por Vladimir Brichta e inspirado na vida de Arlindo Barreto, intérprete do palhaço Bozo, “Bingo” desbancou concorrentes como “Como Nossos Pais”, de Laís Bodanzki, “Corpo Elétrico”, de Marcelo Caetano, “O Filme da Minha Vida”, de Selton Mello, “Gabriel e a Montanha”, de Fellipe Barbosa, “João, o Maestro”, de Mauro Lima, “Polícia Federal – A Lei É Para Todos”, de Marcelo Antunez, e “Vazante”, de Daniela Thomas.

O longa é a estreia de Rezende na direção, depois de ter assinado a montagem de filmes como “Tropa de Elite” e “Cidade de Deus”, pelo qual recebeu uma indicação ao Oscar em 2004.

Veja mais em: https://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2017/09/15/estou-mais-assustado-do-que-feliz-diz-diretor-de-bingo.htm

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