Na coletiva de imprensa realizada ontem em São Paulo, Homem com H foi apresentado a imprensa e aos jornalistas presentes, com a presença presença marcante de Ney Matogrosso e do talentoso Jesuíta Barbosa — e ficou claro desde os primeiros minutos que este não é apenas um filme, mas uma celebração visceral da liberdade artística e da potência performática que Ney representa há décadas.
Dirigido com sensibilidade e arrojo, o longa-metragem mergulha na trajetória singular de um dos maiores ícones da música brasileira, costurando memórias, performances e momentos íntimos com uma estética visual que beira o onírico. A atuação de Jesuíta Barbosa, que interpreta Ney em momentos-chaves da narrativa, é de uma entrega rara: intensa, delicada e profundamente respeitosa à figura que homenageia.
A direção opta por não seguir uma linha cronológica tradicional — e acerta em cheio. A narrativa é fluida, quase como uma canção que alterna notas suaves e explosões de energia, acompanhando o espírito indomável de Ney. As cenas musicais são um espetáculo à parte: vibrantes, cheias de cor e atitude, evocando a irreverência do Secos & Molhados e a sofisticação de sua carreira solo.
Mais do que um retrato biográfico, Homem com H é um manifesto. Fala sobre arte, identidade, sexualidade e resistência com a mesma coragem que sempre fez parte da presença de Ney nos palcos e fora deles. É um filme que emociona, provoca e inspira — um presente para os fãs e uma aula para as novas gerações.
Ao final da coletiva, Ney Matogrosso, emocionado, afirmou: “Nunca pensei que veria minha vida retratada assim, com tanta beleza e verdade.” Uma fala que sintetiza bem o que Homem com H entrega: uma experiência artística à altura de um artista que nunca se conformou com o comum.
