Para não ficar ansioso e focar no trabalho, Vladimir Brichta tem uma receita infalível. “Não tenho rede social. Não sei o que falam de mim, não me interessa”, diz aos risos o intérprete do vilão Remy de “Segundo Sol”, que estreia no próximo dia 14 na faixa das 21h. Mas o tom do ator não é de arrogância, mas sim de alguém que prefere o estilo “old school” de receber críticas sobre sua atuação.
“Todo mundo tem o direito de ter opinião. Na imprensa as pessoas estudaram, se prepararam para comunicar, opinar. É diferente da livre opinião sem embasamento. Esse direito as pessoas têm, mas também tenho direito a não me interessar por algo que seja a meu respeito que eu não julgue embasada para levar em consideração”, explicou o marido de Adriana Esteves, que na trama interpreta Laureta, outra vilã que promete causar na produção.
Mas, do WhatsApp o ator não escapou. Ele tem o aplicativo de mensagens e assim ainda recebe alguma coisa sobre seu trabalho.
“Brincadeiras surgem. Tudo o que conseguem amigos me mandam pelo WhatsApp. Tem essa medida, mas para meu trabalho continuar, a novela precisa ter boa audiência, as pessoas precisam gostar. Há várias camadas como contabilizar o sucesso, mas o básico é que ator precisa atuar com qualidade suficiente para que público se interesse, e assista. Meu termômetro é o fato de eu continuar trabalhando, a casa continua a me contratar. Está dando certo até aqui”, disse.
Mas, Brichta diz não ser radical em relação às redes sociais. “Não sou contra, tanto que meus filhos têm. Acho que se eu tivesse começando a carreira hoje, com 20 anos, acho que não teria opção de não ter redes sociais. É uma das melhores coisas para divulgação. Ao invés de pagar fortuna por anúncio para divulgar sua peça, divulga ali. Isso é maravilhoso. Ainda não senti essa necessidade, mas não sou contra. Poderia proibir meus filhos e não proíbo”, afirmou o ator, que é baiano e se sentiu em casa nas gravações do início da trama que aconteceram no sul da Bahia e Salvador.
“Foi muito bom voltar a Salvador, passar pela Costa do Descobrimento [região de Porto Seguro]. Foi realmente muito especial. Deu uma sensação de voltar que eu não tinha tido em 17 anos. Me deixou feliz. Gravamos pouco em Salvador, se dependesse de mim o elenco inteiro e a equipe faria a novela inteira lá. Ms não tem como. Fui ‘guia’ [de turismo] da Adriana. Saímos, curtimos um pouco”, contou Brichta.
Visivelmente mais forte, o ator contou que malhou um pouco mais forte para dar uma identidade ao personagem, uma espécie de “quase playboy” de Salvador. Remy é irmão do cantor de axé Beto Falcão, protagonista da trama, que vive uma morte falsa planejada pelo irmão, que se aproveita do dinheiro que começa a aparecer para a família com sucesso póstumo do músico.
“Comecei a entender quem esse cara gostaria de ser, um cara muito ambicioso, que não se contenta em trabalhar e ganhar dinheiro. Imaginei que ele ambicionava ser de uma família mais elitizada de Salvador. Lembrei dessas famílias com as quais convivi e estudei. Me lembro que quando comecei a frequentar academia em Salvador tinham essas figuras, os caras que faziam parte e os que queriam fazer parte da elite baiana, meio hipócrita e muito vaidosa e com o corpo também. Faria sentido voltar à academia com mais frequência, ficar um pouco mais forte”, explicou o ator.
Fonte: https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2018/04/29/sem-redes-sociais-vladimir-brichta-prefere-nao-saber-o-que-falam-dele.htm