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Vladimir Brichta comemora boa repercussão de ‘Bingo, o rei das manhãs’

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Foto: Luiz Maximiniano

Vladimir Brichta comemora boa repercussão de ‘Bingo, o rei das manhãs’, antes mesmo da estreia: ‘É o papel da minha vida’

Bingo! Vladimir Brichta acertou em cheio ao interpretar para as telonas a vida do intérprete mais polêmico de Bozo, palhaço ícone dos anos 80 junto à criançada. Amigo de Wagner Moura, o ator, de 41 anos, herdou o personagem depois que o baiano o recusou, a fim de se dedicar a trabalhos internacionais.

— Wagner saiu comigo e com Lazinho (Lázaro Ramos) e contou: “Olha, tem um filme aí que eu não vou poder fazer, mas um de vocês dois tem que pegar. É um dos melhores roteiros que já li”. Passou um tempo e Daniel Rezende (diretor) me perguntou o que eu achava do papel. Eu disse: “Eu quero, eu posso, eu sei fazer. Estava esperando por essa oportunidade há muito tempo” — revela Brichta, que já considera Bingo o seu grande personagem: — Vivi coisas especiais no teatro e na TV, mas no cinema, sem dúvida, é o papel da minha vida. Pela complexidade, pelo saudosismo, pela popularidade. A repercussão é enorme, mesmo antes de estrear.

Quem for ao cinema, a partir desta quinta-feira (24), para assistir a “Bingo, o rei das manhãs”, vai conhecer o “lado B” de Arlindo Barreto, que no longa ganha o nome de Augusto Mendes: ex-ator pornô, ele se destaca na pele do palhaço Bingo (o nome Bozo foi trocado por questões de direitos autorais) ao improvisar no ar e subverter o universo infantil. Para apimentar as manhãs na TV e vencer no Ibope a apresentadora loura, bonita e de pouca roupa da emissora concorrente, o palhaço convida a rebolativa e sensual Gretchen (única personagem cujo nome real é mantido, vivida por Emanuelle Araújo) para se apresentar no seu palco — e depois tem um namoro com ela. No auge da carreira, Augusto se afunda nas drogas: apesar da fama, seu rosto é desconhecido. E se faz ausente como pai.

— A paternidade sempre foi uma condição que eu respeitei e levei muito a sério. Passei por uma batalha judicial longa pela guarda de Agnes (sua primeira filha, hoje com 19 anos), foi muito doloroso. Por isso, todo trabalho que fala da relação pai e filho me afeta. E este, ainda por cima, retrata os dilemas da vida de um ator, então fala de mim, essencialmente — reflete Brichta, assumindo que o anonimato também lhe faria mal: — A gente evita a superexposição, tem problemas com a falta de privacidade… Mas, não ser conhecido? Sucesso, fama e reconhecimento são coisas distintas, mas o anonimato absoluto é terrível para qualquer ator.

Nude na telona

Numa das primeiras cenas do filme, Brichta aparece pelado, de costas: “Eu já tinha feito nu total no teatro. Não é a coisa mais confortável do mundo, mas está longe de ser um problema. Quem quiser achar legal, que ache. Quem quiser sacanear, que sacaneie. Fiquem à vontade!”, brinca o ator.

Saudade revivida

Este foi o último longa de Domingos Montagner. O ator interpreta um palhaço de circo, mentor do protagonista: “Ele deu consultoria para o texto que é dito. Era uma figura iluminada, um ator incrível. É mais do que merecido que este filme, ao final, seja dedicado a ele”.

Fã da concorrência

Brichta não era fã de Bozo na infância: “Eu via mais Xuxa, para ser sincero, porque gostava mesmo era dos desenhos”.

 

Fonte: https://extra.globo.com/tv-e-lazer/vladimir-brichta-comemora-boa-repercussao-de-bingo-rei-das-manhas-antes-mesmo-da-estreia-o-papel-da-minha-vida-21740592.html

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