Início Adriana Esteves Vladimir Brichta conta sobre seu personagem “Celso” na minissérie “Justiça”

Vladimir Brichta conta sobre seu personagem “Celso” na minissérie “Justiça”

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“Para mim, eu estava voltando um pouco ao passado”, conta Vladimir Brichta sobre personagem na minissérie Justiça.

Vladimir Brichta será Celso, um malandro na minissérie Justiça, que estreia na Globo em 22 de agosto. Depois de interpretar por cinco temporadas o hilário Armane de Tapas & Beijos, o ator mergulha agora em um personagem dramático.

Ele comemora a nova fase: “Eu acho que tem um choque. Tem um estranhamento. Mas eu acho bom.”

Sobre o visual do personagem Celso, um traficante praiano, Vladimir Brichta conta que fez ele lembrar sua adolescência, quando era assíduo frequentador da praia e mantinha cabelos longos e loiros.

“Com esse cabelo, eu me lembrei de minha adolescência (risos). Eu frequentava muito a praia com esses cabelos tingidos de parafina.”

Prestes a estrear em Justiça, Vladimir Brichta também já está escalado para a nova novela das 19 horas, Rock Story e revela um pouco de seu papel.

“Eu já estou fazendo preparação para a próxima novela das sete, ‘Rock Story’. Nesse momento eu estou fazendo quase as duas coisas. Eu vou interpretar um roqueiro que começa a trama meio decadente. Em meio a vários conflitos, ele descobre um filho, que também é talentoso, e, cria uma boy band para voltar as paradas e competir com o arqui-rival, que é o personagem do Rafael Vitti. Meu filho vai ser interpretado pelo Nicolas Prattes.”

Confira na íntegra a entrevista com Vladimir Brichta:

Como surgiu o convite para participar de uma série tão inovadora?

“Na verdade, o convite surgiu, sem que eu soubesse que a série fosse tão inovadora e ousada. Quando fui convidado, aceitei na hora. Topei de imediato. A trama é muito bem elaborada. As histórias são muito pesadas em si. Mas, meu personagem, o Celso, tem uma trama romântica. Ele é quase um alivio dentro desse mosaico. Não é uma trama tão pesada. Mas é bom poder participar dessa série que tem tanta ousadia. É bacana, que a cada dia da semana, o telespectador vê a mesma cena, de um ponto de vista diferente, eu acho que isso ressoa até o próprio exercício nosso de julgar. A mesma cena com ponto de vista de cada um, muda. Assim é a nossa justiça. Para mim é justo, para mim é correto. Para outra pessoa não é. Então na verdade, reverbera um pouco esse estilo, que cada um de nós temos uma opinião sobre o que é correto, diferente. Você poder exercitar isso na linguagem, é um trunfo do projeto. Estou muito feliz de fazer parte desse produto.”

Foi ventilado na imprensa, que a empresa selecionou os melhores atores para contar essas histórias. Você se sentiu lisonjeado?

“O elenco realmente é mais um ponto alto desse projeto. Eu acho que o elenco é muito bom, sim. De eu estar nesse projeto, é sair um pouco da chave do humor, na televisão. O grande público assiste televisão. Eles vão pouco ao cinema e ao teatro. Se um filme fizer um milhão, é de fato um dia, de uma tevê ligada. O público conhece o meu trabalho através do humor. Não deixou de ser para mim um exercício, uma oportunidade de trocar. De o público me ver em um gênero diferente. Isso é bacana. Isso me anima bastante.”

Como foi compor esse cara praiano?

“Com esse cabelo, eu me lembrei de minha adolescência (risos). Eu frequentava muito a praia com esses cabelos tingidos de parafina.”

Na adolescência você tinha o cabelo assim?

“Eu tive sim! É engraçado em relação ao loiro, é que quando eu me olho com esse visual, eu me surpreendo. Mas, não acho estranho. Pois eu usei dos doze aos vinte anos, o cabelo cumprido e loiro. Para mim, eu estava voltando um pouco ao passado. Meu personagem trabalha na praia, em um quiosque, e, vende drogas. Minha mãe teve um quiosque. Eu trabalhei com ela lá. Trabalhei no quiosque e não vendia drogas (risos). Não quer dizer que não vendiam na praia. Sei lá! Eu não! Eu abria cocô. Eu vendia cocô. Esse universo praiano, de alguma forma é familiar para mim. Não é uma coisa tão distante. Agora é obvio, que o personagem é traficante na primeira fase, na segunda fase, ele é dono de um prostibulo. É obvio que esse indivíduo é marginal. Isso também tem um certo peso que não dar para negar. Eu precisava compor um cara, que não fizesse parte da mesma praia que eu frequentei. Brincadeiras a partes. É outro universo mesmo. Para compor esse personagem, o Chico Accioly ( preparador de elenco) me ajudou muito. A participação dele foi importantíssima para isso. Além da direção do José Luiz que me auxiliou muito.”

Como está sendo participar de uma trama ao lado de sua esposa Adriana Esteves?

“Pois é! Depois de tanto tempo, né? Depois de mais dez anos. Nosso ultimo trabalho na tevê juntos foi na novela ‘Kubanacan’ (2003). Eu sempre vibrei com as coisas delas. Eu sempre vibrei com as coisas que eu fazia. E, a gente sem esperar que essa fato fosse acontecer, virou realidade. Estamos no mesmo projeto. Mas, a gente tem uma cena, ou duas, juntos. A gente se fala uma vez só. As nossas histórias não se cruzam muito. É muito engraçado, que quando eu chego em casa e falo das cenas que eu realizei. E, ela fala sobre as delas. Mas nunca são as mesmas. A gente fica sempre alimentando um pouco o outro. Talvez, desses dez anos que a gente ficou desencontrado, a gente nunca tenha falado tanto sobre o trabalho, como nesses últimos meses.”

Falar sobre trabalho é bom para relação?

“Ah, é bom! Também tem a hora de parar. De botar um filme, sair para jantar, encontrar os amigos, namorar. Eu antes de ser o marido dela, eu era um grande admirador do trabalho da Adriana. Fã! Admirador mesmo. Não tem como eu ignorar o fato de que ela realiza um grande trabalho. A reciproca, modéstia parte, eu acredito ser verdadeira. A gente gosta do que o outro faz. Eventualmente se fala que um casal compete entre eles. Não existe isso entre a gente. A gente se estimula, se provoca, no melhor sentido. Enfim.”

Você sempre interpretou bons moços na tevê. Você imagina como será a recepção do publico em relação a esse cara dono de um prostibulo?

“Eu acho que tem um choque. Tem um estranhamento. Mas eu acho bom. Eu tirei um pouco da simpatia do personagem, para dar uma diferenciada. Mas, é outro gênero. Ele é bem diferente do que seria o ‘Tapas & Beijos’. É outra linguagem.”

Você sente vontade de voltar a atuar em uma novela?

“Eu vou voltar na verdade. Eu já estou fazendo preparação para a próxima novela das sete, ‘Rock Story’. Nesse momento eu estou fazendo quase as duas coisas. Me preparando para a nova trama e gravando ‘Justiça’. Estou fazendo aula de canto, de guitarra. Eu vou interpretar um roqueiro que começa a trama meio decadente. Em meio a vários conflitos, ele descobre um filho, que também é talentoso, e, cria uma boy band para voltar as paradas e competir com o arqui-rival, que é o personagem do Rafael Vitti. Meu filho vai ser interpretado pelo Nicolas Prattes. É legal falar que eu sou o coroa da novela. Eu tenho quarenta anos. E, tenho dois filhos ali, com vinte, com dezoito. Tem um encontro de gerações que é muito bom. Cada um, se alimenta do outro.”

Você começou para o grande público na novela ‘Porto dos Milagres’ em 2001. O que tem daquele Vladimir daquela época, que você não deixou morrer?

“Eu acho que o encanto pelo que eu faço. Mesmo! Eu posso ter tido momentos que isso não era tão evidente. De televisão, são quinze anos. Nesse período, eu já errei, eu já acertei, já me cansei. Mas, hoje, eu posso dizer que eu estou muito mais próximo daquele frescor, daquela vontade, daquele tesão mesmo do trabalho, que eu tinha, quando eu entrei no Projac pela primeira vez. Hoje, eu acho que eu tenho o mesmo encanto daquela época. Hoje em dia, eu entendo muito o que acontece por trás. Isso me alimenta bastante.”

 

Fonte: http://observatoriodatelevisao.bol.uol.com.br/entrevista/2016/08/para-mim-eu-estava-voltando-um-pouco-ao-passado-conta-vladimir-brichta-sobre-personagem-na-minisserie-justica

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