Pedaço de Mim, série brasileira protagonizada por JulianaPaes e VladimirBrichta, se tornou uma das produções mais assistidas da Netflix na última semana. A trama conta a história de Liana (Juliana Paes), que consegue realizar o sonho de engravidar. Porém, após descobrir uma infidelidade do marido Tomás (Vladimir Brichta), a moça sofre um estupro e é vítima de uma raridade científica. Liana engravida de gêmeos de pais diferentes.
A atriz contou qual foi sua reação ao ler o roteiro pela primeira vez. “A primeira reação foi achar uma ideia incrível, o plot inicial. Essa coisa da superfecundação heteroparental, no primeiro olhar você acha que é impossível. ‘Não, mas espera aí. Isso é uma ficção, não é um drama da vida real’. E é. Então, a primeira reação foi achar um grande ganho essa história tão mirabolante, que na verdade é passível de ser um drama da vida real”, disse ela em entrevista ao Hugo Gloss.
Vladimir também ficou chocado com a história. “Eu tive a mesma reação. Quando o diretor Maurício Farias me ligou antes de eu ler mesmo, ele me contou a história. Ele já começou contando isso e eu falei ‘uau, é possível um negócio desse?’ Você imagina que é ficção científica né? E foi uma coisa que depois eu até elaborei. Eu falei: ‘Rapaz, como é que ninguém pensou?’ Porque o que é uma troca de bebês na maternidade comparado a uma superfecundação?”, disse o ator.
Juliana também comentou sobre as dificuldades que sua personagem enfrenta. “Esse é só o plot inicial, entendeu? Toda temática que vem depois, a maternidade, todo o machismo que ela tem que enfrentar depois dessa situação. A temática também muito sensível do abuso sexual, tudo o que vinha depois, todos os desdobramentos também eram muito interessantes e estavam muito bem colocados no roteiro”.
Vladimir também contou que foi difícil interpretar Tomás e que ele até mesmo levou o caso para a terapia. “Eu acho que o Tomás é um personagem muito complexo. Ele tem uma coisa machista muito forte nele. Cara, foi difícil. Ele é uma figura machista, uma figura mimada, uma figura cheia de privilégios. E para ele é muito difícil se colocar no lugar do outro, o cara é muito egoísta. Fiz uma coisa que não costumo fazer, levei para a terapia. O terapeuta me deu um calhamaço de matéria de pesquisas e estudos psicológicos de personagens que passam por coisas parecidas. Foi ótimo porque de fato eu falei ‘tá bom, é possível’. Precisa ter algum tipo de trauma nesse sentido”, afirmou.
Foto: Nat Odenbreit/Netflix