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Vladimir Brichta fala sobre a discussão de reforma agrária em Renascer

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Foto: TV Globo

Em conversa com a imprensa nos Estúdios Globo, NaTelinha, o ator elogiou as pautas discutidas pelo autor através das tramas do seu personagem. Como, por exemplo, a reforma agrária.

“Se pensarmos na história do nosso país, somos um dos poucos países recentes do planeta que não fizeram reforma agrária. É um tema espinhosíssimo! A gente fala e mobiliza uma parte conservadora do nosso país que acha que isso é tomar uma coisa de alguém. Enfim, tem uma distorção… A história do nosso mundo discute a reforma agrária e, de repente, isso tá na novela de uma forma tão integrada. Eu acho muito saudável!”.

Já sobre o perfil de Egídio, Brichta aponta como uma cara cruel, sem limites ou senso de justiça “Um vilão que comete maldades, crueldades, tem senso de valor e de justiça torto, corrompido”, pontua.

Explora a mão de obra, enxerga os assentados, os sem terra, como pessoas que não são merecedoras de atenção, menos dignas, como sub-humanos… O Tião Galinha [Irandhir Santos], que representa esses assentados, pessoas que querem trabalhar, produzir em terras não produtivas, eu acho uma discussão valiosíssima!”, acrescenta.

Brichta confessa que já tinha uma expectativa muito boa com relação à novela antes e que só se concretizou com o tempo. “Agora, chegando na reta final, eu posso dizer que estou bem feliz e orgulhoso do trabalho coletivo e do meu individual”, avalia.

“A gente está fazendo uma novela muito bonita e comprometida também. A gente gosta da novela! Ela aborda temáticas ricas e valiosas para a gente em coletividade. Eu sempre repito que novela não tem a obrigação de ocupar esse espaço, mas, eventualmente, ela tem a chance de fazer isso e quando acontece eu acho feliz”, observa.

Para Vladimir Brichta, todo personagem tem muito o que oferecer em termos de aprendizado e com o Egídio de Renascer, que representa um típico coronel machista, não seria diferente.

Uma das reviravoltas na vida de Egídio nessa reta final de Renascer é a gravidez de Eliana (Sophie Charlotte). O filho pode ser tanto do coronel quanto de Damião (Xamã), embora ele acredite ser mesmo seu.

Para Vladimir Brichta, isso se dá por causa da relação que o vilão tem com o pai já morto. “Onde está o amor desse personagem? Tá no pai, na figura que ele tenta representar. Tem a ver com o legado, com a dinastia. Agora, na cabeça dele, o filho vai ser o Egídio segundo, e vai perpetuar nossa história”, avalia.

Já sobre o final do personagem, o ator acredita que o fim mais esperado para homens feito o coronel é a morte pelas mãos de algum justiceiro ou inimigo. Na versão original, escrita por Benedito Ruy Barbosa, ele foi atocaiado.

“Eu como humanista não desejo a morte de ninguém. Então, gostaria que ele fosse preso, condenado, e pagasse por todos os crimes que cometeu, que foram muitos. Ele não tirou só a vida de uma pessoa. Ele abusa, faz as pessoas trabalharem pra ele de forma análoga à escravidão, explora essas pessoas, o que também é crime. Obviamente que menor do que tirar a vida de uma pessoa, mas muito cruel”.

Brichta conta que assistiu a sequência da morte para saber quem atirava no vilão, porque pensou em dar uma provocada agora, mas a identidade não era revelada. “Mas eu tive um indício, porque ele olha e fala assim: ‘É você, miserável!’. No masculino. Então, não é a Mariana [Theresa Fonseca] ou a Eliana“, relata.

Foto: TV Globo

Fonte: https://natelinha.uol.com.br/novelas/2024/08/27/vladimir-brichta-elogia-discussao-sobre-reforma-agraria-em-renascer-tema-espinhosissimo-215992.php?s=09

 

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