No ‘Conversa com Bial’, o ator comentou a experiência de viver um palhaço nos cinemas e o viral com Wagner Moura
Conversa com Bial desta quarta-feira, 23/8, trouxe o ator Vladimir Brichta para um bate-papo sobre seu novo filme, Bingo: O Rei das Manhãs. A produção conta a história de um famoso palhaço da TV brasileira dos anos 80 que, além de fazer parte do imaginário infantil da época, teve uma vida intensa, cheia de altos e baixos. A história é inspirada na vida de Arlindo Barreto.
Wagner Moura foi o primeiro ator cotado para viver o palhaço nas telonas, mas não pôde pegar o papel. Ele mesmo indicou Vladimir para o seu lugar. O que poderia ser uma saia justa acabou se tornando a oportunidade certa para promover o filme na web.
“Gravamos em janeiro, foi uma sacada comercial”, contou Vladimir Brichta.
Como foi viver um palhaço nos cinemas
“Sempre tive um temor de fazer o palhaço. Sou de uma família acadêmica, e cheguei ao palhaço de uma maneira mais intuitiva. Quando fazia faculdade, muitos amigos foram estudar clown, se especializar. E eu respeitava muito isso.”
‘Nariz de palhaço é a menor máscara do mundo’
“O filme toca nessa coisa que interessa todo mundo: o palhaço que é over, a boca exagerada e esse mesmo excesso de alegria que ele carrega, leva para a vida ao contrário. Ele vai para um lado autodestrutivo, triste, mas isso é humano, né? O filme representa isso.”
Participação de Domingos Montagner
“Palhaço não se lamenta, não importa quantos tapas ele vai levar. Ele se levanta e tenta de novo” (Domingos Montagner).
“Ele participou desde o roteiro, deu uma consultoria ao Daniel (Rezende) falando sobre a vida do palhaço, o que funcionava, o significado, o motivo da transgressão. O texto que ele diz foi uma assessoria.”
“Levantei algumas questões e ele ajudou a resolver. Não tem improviso na cena em que você vai bater em alguém. Ele falou bastante sobre essa transgressão do palhaço.”
Personagem precisa aprender a ser palhaço no filme
“Conheci o Arlindo Barreto e esse filme é inspirado na vida dele, mas não é uma biografia. Não tinha essa obrigação! Eu tinha bastante liberdade… Óbvio que, em algum momento, eu precisava entender mais aquele indivíduo. Fiquei mergulhado naquele cara, no entusiasmo dele. É um contador de histórias”, disse Vladimir.
Mergulho de Vladmir Brichta no filme
“Tenho empatia brutal pelo ator que fica atrás de uma máscara, tenho empatia por essa história. Deixei de fazer outras coisas porque sabia que esse filme era incrível. Fiquei em São Paulo durante três meses, fui pouquíssimo visitar a família.”
Escolha da profissão de ator
“Escolhi essa profissão aos seis anos de idade.”
“Eu era muito novo quando comecei a brigar, tinha uns 23 ou 24 anos. Cheguei a ganhar publicamente alguns. Comecei uma carreira na TV e me deu muito medo de isso vir à tona.”
“Me deixou com medo por parecer que estava me valendo de uma questão para me projetar de alguma forma. Sempre quis que meu trabalho viesse à frente.”
O diretor do longa-metragem, Daniel Rezende, esteve ao lado de Bial e Vladimir durante o bate-papo. O profissional fez questão de ressaltar a importância da história do seu personagem inspirador, Arlindo Barreto.
“Difícil superar o Arlindo, mas a gente tem um grande anti-herói que tem uma obsessão muito grande por conseguir aquilo que quer, o reconhecimento pela arte. Para isso, ele faz as coisas mais malucas e incríveis. A gente tem um personagem que poucos atores conseguiriam pegar como o Vlad pegou”, afirmou Daniel Rezende.
“Brichta arrasou! A expressão corporal dele é perfeita, um ator é um ator. Meu filho olhou para mim e disse: ‘Esse cara é você, pai’”, disse Arlindo.
Fonte: http://gshow.globo.com/programas/conversa-com-bial/noticia/vladimir-brichta-fala-sobre-novo-trabalho-o-filme-bingo-o-rei-das-manhas.ghtml