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Vladimir Brichta faz papel duplo e será roqueiro bad boy em nova novela da Globo

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Foto: Paprica Fotografia/Divulgação
Foto: Paprica Fotografia/Divulgação

Nascido em Diamantina (MG) e criado em Salvador, Vladimir Brichta, 40 anos, enterrou o malandro Armane de Tapas & Beijos há um ano, quando a série acabou, e está num ritmo frenético em 2016. Viveu o nada certinho, mas simpático Celso na série Justiça (que terminou sexta), interpreta Arnaldo e Arnaldo 2 em Um Homem Só e vem aí como protagonista da novela Rock Story, que estreia na Globo em novembro, no horário das 19h.

O que te atraiu em Arnaldo, que explora nuances diferentes das suas habituais em novelas e numa série cômica como Tapas & Beijos?   

Exatamente poder ampliar o leque e sair daquele arquétipo meu mais conhecido de malandro astral ou cafajeste na TV, explorar o drama também, assim como na série Justiça e como faço no teatro. Gosto do humor também, me identifico e pessoalmente sou um cara bem humorado, mas fico feliz quando alguém acostumado só com meu lado cômico na TV se surpreende comigo num drama. Não sou eu que estou me descobrindo – é essa pessoa que está me descobrindo. Tem humor em Um Homem Só, mas é algo sutil e mais para o tom de comédia do cinema indie americano, na qual você pode passear por camadas de interpretação.

Depois de 11 anos, você volta às novelas em novembro em Rock Story, como Guilherme, um roqueiro bem temperamental. Verdade que você buscou inspiração para o personagem em Chorão (1970-2013)?  

Nessa parte do temperamento sim, porque as pessoas que conviveram de perto com Chorão dizem que ele era um cara carinhoso, mas capaz de explosões furiosas com outras pessoas. Logo no primeiro capítulo, o personagem joga uma garrafa de água em alguém da plateia que  está falando ao celular. Depois vai num show de um rival e soca o cara. E também busquei inspiração no jeito de palco de  Cássia Eller (1962-2001), no Márcio Mello, lá da Bahia. Guilherme é um roqueiro que sucesso nos anos 90 e está numa fase meio decadente.

Aos 40 anos, como você vê sua trajetória até aqui? 

Um dia desses falei que o melhor está por vir e Adriana (Esteves, atriz e esposa do ator) arregalou os olhos e disse: “É mesmo?”. Me orgulho muito do que já fiz, a começar pelo início no teatro baiano, por peças como Calígula e Equus, com Fernando Guerreiro. Considero Calígula minha melhor atuação no teatro. Foi graças ao teatro baiano que João Falcão me chamou para A Máquina, em 2000, assim como Wagner (Moura) e Lazinho (Lázaro Ramos). Depois vim para a Globo e cheguei à protagonista, mas teve um momento que fiquei insatisfeito com o que estava fazendo na TV e voltei para o teatro para, em seguida, retornar para as séries. Foi uma crise necessária para meu crescimento.

Para um bom ator ter 40 anos é sentir-se ainda até meio adolescente em termos de aprendizado… 

Até fisicamente  (risos). Hoje, eu não precisaria pesquisar para um personagem com problema na lombar (risos). Já sei o que é isso.

Fonte: http://www.correio24horas.com.br/single-noticias-cinema/noticia/vladimir-brichta-faz-papel-duplo-e-sera-roqueiro-bad-boy-em-nova-novela-da-globo/?cHash=a13a124e91455a7f652bb1616f214df8

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