Após Amor de Mãe, Vladimir Brichta diz que estava com saudade de uma história mais leve.
“Quando me convidaram para fazer Quanto mais vida, melhor!, a primeira coisa que perguntei foi: ‘É uma comédia? Se for, podem contar comigo. Mas se for uma novela realista que nem aquela Amor de Mãe, não'”, brinca o ator.
De certa forma, o intérprete também está em uma zona de conforto, já que se destacou em comédias ao longo de sua carreira na Globo, na pele de figuras como o atrapalhado Armane do seriado Tapas e Beijos (2011-2015) e o roqueiro Gui Santiago de Rock Story (2016).
Eu estava com saudade de fazer comédia de novo. Acho de uma importância tremenda nesse momento que o planeta está vivendo [a pandemia]. A possibilidade de divertir as pessoas era uma escolha pessoal, sem dúvida nenhuma. Saudade de fazer comédia a gente tem se fica muito tempo [sem fazer], mas nesse momento ganhou um valor a mais, agregou um serviço a mais que podemos prestar.
Na trama, Brichta vive Neném, um jogador atrapalhado que sonha em voltar aos gramados. O ator buscou ao máximo deixar o personagem menos sério, justamente por desejar um clima mais descontraído.
“Eu tentei fazer o mais leve e divertido possível, obviamente respeitando a linguagem da novela. Mas tentei fazer dele o mais agradável possível para que as pessoas realmente se divirtam, que consigam rir. Hoje em dia um riso, uma gargalhada, está valendo milhões”, enfatiza o intérprete.
Toda essa descontração vem apesar do tema da novela: quatro protagonistas que morrem de maneira trágica em um acidente de avião e ganham uma segunda chance da própria Morte (A. Maia).
A morte é nossa única certeza mesmo. Existem correntes filosóficas que acreditam que a morte é que nos motiva. Quando o autor [Mauro Wilson] coloca a Morte dizendo para aqueles personagens que um deles só vai ter um ano de vida, ele não está só lembrando a finitude, mas dando um prazo. Isso dá um sentido de urgência muito grande para eles, de descobrir o que é realmente importante.
A nova novela das sete estreou no lugar da reprise de Pega Pega (2017). A trama escrita por Mauro Wilson, devido aos protocolos de segurança adotados pela Globo por conta da pandemia, já foi toda gravada.
Foto: Rede Globo