“Antigamente, a ideia de não ser eterno, de morrer, era insuportável”, diz o ator Vladimir Brichta, de 48 anos. “Sem gatilho específico, minha primeira crise existencial veio aos 8 anos, quando entendi que existia a morte. Foi terrível, voltava da escola e chorava. Depois, parei de pensar nisso. Dizia o Paulo Leminski: ‘Abrindo um antigo caderno foi que eu descobri: antigamente eu era eterno’.”
O global, hoje casado com Adriana Esteves, encarou a morte durante a juventude, com o falecimento de sua primeira esposa, Gena Ribeiro, em 1999, devido à porfiria aguda. Desse relacionamento, surgiu Agnes, 26. Brichta é pai também de Vicente, 16.
Ele contou à GQ Brasil sobre esse período: “Minha primeira esposa faleceu quando eu tinha 23 anos. Passei por um baque e, em seguida, veio outro. Um processo árduo na Justiça pelo qual a minha ex-sogra tomou a Agnes de mim”.
“Fiquei um ano e dez meses sem que ela morasse comigo, seis meses sem vê-la. Aquilo me amadureceu, mas também me endureceu um pouco. Precisamos ser como um bambu, envergar, mas não quebrar”, conta.
O astro mora no Rio, adora surfar, é fã de comida japonesa e se considera vaidoso (“há mais cremes na minha bancada do que na da Adriana”). Prepara-se, agora, para nova fase: a provável saída de casa de seu filho mais novo, para deixar o ninho vazio.
Com uma carreira sólida na televisão e um papel ativo na criação dos filhos, Brichta revela um lado mais humano e sensível, que foi moldado pelas adversidades. Ao refletir sobre o futuro e os novos desafios que a vida lhe reserva, ele mantém uma filosofia de flexibilidade e força: “É preciso resistir, mas saber que podemos nos dobrar sem quebrar.”
Foto: Jorge Bispo
Fonte: https://gq.globo.com/lifestyle/noticia/2024/09/vladimir-brichta-morte-esposa.ghtml
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